Categoria: Orações de Dr Plinio

  • Oração a São Paulo

    Ó glorioso e grande apóstolo São Paulo, mestre dos gentios, corajoso, seguidor de Cristo, destemido evangelizador, fundador de comunidades, dai-nos este espírito de apóstolo de vosso Mestre Jesus, a fim de que possamos dizer a todos – “Já não sou eu quem vivo, mas é o Cristo que vive em mim”.

    Iluminai a todos os povos com a luz do Evangelho, que com tanto amor testemunhastes, procurando estabelecer no mundo, o Reino da justiça e de amor do vosso Mestre. Suscitai muitas vocações missionárias, que a vosso exemplo, levam Cristo a todos os povos.

    São Paulo apóstolo, rogai por nós

  • Oração da alma reta

    Minha Mãe, se é verdade que, infelizmente, permaneço com este defeito, consegui, pelo menos, vê-lo e detestá-lo por inteiro! Eu me inclino diante de Vós e Vos peço perdão porque pequei e andei mal. Dai-me vossa misericórdia e vossa ajuda!

    Estou certo de que virá o dia no qual Vós tereis pena de mim e me atendereis! Então, depois de tanto me humilhar, bater no peito e detestar minha maldade, acabará nascendo em mim uma luz, uma força, uma capacidade de me modificar, por onde me sentirei outro; e, de repente, estarei felizmente resgatado, livre do defeito que eu tinha.

    Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 18/11/1978)

  • Pela dor do santo Encontro…

    Quem, Senhora, vendo-Vos assim em pranto, ousaria perguntar por que chorais? Nem a terra, nem o mar, nem todo o firmamento poderiam servir de termo de comparação à Vossa dor. Dai-me, minha Mãe, um pouco, pelo menos, dessa dor. Dai-me a graça de chorar a Jesus, com as lágrimas de uma compunção sincera e profunda:

    “Ó minha Mãe, pela dor do santo Encontro, obtende-me a graça de ter sempre diante dos olhos Jesus Sofredor e Chagado, precisamente como O vistes neste passo da Paixão.”

    Plinio Corrêa de Oliveira (Da Via-Sacra composta por Dr. Plinio em 1951).

     

  • “Em vossa Cruz começastes a reinar!”

    Já não estais por terra, meu Deus. A Cruz lentamente se levantou, não para Vos exaltar, mas para proclamar bem alto vossa ignomínia, vossa derrota, vosso extermínio. Entretanto, era o momento de se cumprir o que Vós mesmo havíeis anunciado: “Quando for elevado, atrairei a Mim todas as criaturas” (Jo 12, 32). Em vossa Cruz – humilhado, chagado, agonizante – começastes a  reinar sobre esta Terra. Numa visão profética, víeis todas as almas piedosas de todos os tempos, que viriam a Vós.

    Meu Deus, foi na Cruz que começou vossa glória, e não na Ressurreição. Vossa nudez é um manto real, vossa coroa de espinhos um diadema sem preço, vossas chagas são a vossa púrpura.

    Ó Cristo Rei, como é verdadeiro considerar- Vos na Cruz como um Rei! Mas como é certo que nenhum símbolo exprime melhor a autenticidade dessa realeza quanto a realidade histórica de vossa nudez, de vossa miséria, de vossa aparente derrota.

    Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de “O Legionário”, abril de 1943)

  • Oração: Ação de graças pelo sofrimento recebido

    Ó minha Mãe, eu Vos agradeço por me terdes dado esta ocasião de sofrer por Vós, e Vos digo: quero esta dor! Eu a desejo porque Vós assim o quereis; e a desejo durante o tempo que Vós quiserdes! Ajudai-me na minha debilidade para que eu possa carregar esta cruz como Vós entenderdes. Eu a osculo como Nosso Senhor a osculou no momento de colocá-la sobre os ombros, porque desejo tudo sofrer.

    Eu ficaria desolado se minha vida fosse sem cruz. A vida sem cruz é uma vida sem Vós e, portanto, aceito a cruz de todo o coração. Tenho a alegria de receber este sofrimento em união convosco e para Vos agradar.

    Dai-me, ó Mãe, o amor e o senso da cruz!

    Plinio Corrêa de Oliveira (Composta em 5/12/1967)

  • Propósito de fidelidade à luz da graça

    Ó minha Mãe, Medianeira de todas as graças, na vossa luz veremos a luz!

    Mãe, antes ficar cego do que deixar de ver vossa luz, porque vê-la é viver. Na sua claridade contemplaremos todas as luzes; e sem ela, nenhuma luz refulge. Não considerarei vida os momentos em que ela não brilhar; e eu, da vida, não quererei ter mais nada do que a mente banhada por essa luz.

    Ó luz, eu vos seguirei custe o que custar: pelos vales, montes, desertos e ilhas; pelas torturas, pelos abandonos e olvidos; pelas perseguições e tentações, pelos infortúnios, pelas alegrias e triunfos. Eu vos seguirei de tal maneira que, mesmo no fastígio da glória, não me incomodarei com ela, porque só me preocuparei convosco. Eu vos vi, e até o Céu não desejarei outra coisa, porque, uma vez, vos contemplei!

    Plinio Corrêa de Oliveira (Composto na década de 1970)

  • Minha mãe, dizei por mim!

    Minha Mãe, quando Jesus estava em vosso claustro, Vós encontrastes inúmeras coisas para Lhe dizer; vede, entretanto, que misérias eu digo no momento que O recebo na Sagrada Eucaristia!

    Por isso, eu Vos peço: Falai por mim, minha Mãe, e dizei a Ele tudo quanto eu quereria ser capaz de dizer, mas não o sou. Adorai-O como eu quereria adorá-Lo; dai-Lhe a ação de graças que eu quereria dar-Lhe; apresentai- Lhe atos de reparação pelos meus pecados e pelos do mundo inteiro com um calor de reparação que, infelizmente, eu não tenho.

    Minha Mãe, pedi por mim e por todos os homens tudo quanto for necessário para que realizemos a vossa glória; porque, minha Mãe, o que eu peço mais do que tudo é a vossa glória, o vosso Reino.

    Amém.

    Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 24/3/1984)

  • Oração: Graça da oração insistente

    Ó minha Mãe, olhai misericordiosamente para minha alma e obtende-me o espírito de oração pelo qual eu recorra sempre a Vós. E tanto mais recorra quanto mais me atenderdes, pois vossos favores nos incitam a pedir dons maiores.

    Rogo-Vos ainda outra graça: a de Vos pedir tanto mais quanto menos parecerdes me atender. Pois Vós amais a oração insistente e confiante; quanto maior for a aridez ou a demora, mais apreciável será a graça que desde já nos preparais. Amém

    (Composta em 30/7/1971)

  • Oração para combater as afeições meramente terrenas

    Minha Mãe e Senhora minha, quão grande foi o elogio que de Vós fez o Evangelho ao afirmar que — depois das inefáveis emoções da Anunciação, da Natividade, da Visita dos Reis Magos e da Apresentação no Templo — consideráveis todos estes fatos meditando-os em vosso Coração. Assim, nas emoções mais intensas que podíeis ter, Vós meditáveis.

    Eram emoções indizivelmente ordenadas, e por isto em nada empanaram, antes favoreceram o exercício incomparavelmente lúcido de vossa meditação. Ordenadas, não apenas porque vossa natureza sem mancha não tinha a menor desordem, mas também porque vossas emoções resultavam da Fé e eram todas embebidas de Esperança e Caridade.

    Olhai, suplico-Vos, para este filho tão diferente de Vós. Concebido com as desordens do pecado, agravado por toda espécie de infidelidades, ele nem de longe é tão sobrenatural quanto quisera, e por isso encontra-se tiranizado pelas impressões, sensações e tentações.

    Fazei com que uma graça, vinda do mais íntimo de vosso Imaculado Coração, toque a alma deste vosso filho, separando-a dos aspectos terrenos, orientando-a exclusivamente para Vós e extinguindo, assim, os ardores das paixões que tanto a nublam, perturbam e tiranizam. Amém.

    (Composta por Dr. Plinio em outubro de 1966)

  • Oração: “Mandai-me um raio de vossa luz”

    Agradeço-Vos, ó Coração Sapiencial e Imaculado de Maria, por terdes me chamado para a excelsa condição de escravo vosso.

    Entretanto, movido pelo desejo de levar até a sua mais alta plenitude essa condição, sinto os obstáculos que as infidelidades anteriores à minha vocação deixaram nesta minha alma tão misericordiosamente amada por Vós.

    Entre esses está, sobretudo, o mau hábito de me voltar continuamente para assuntos banais e triviais, neles perdendo a atenção e o tempo concedidos por Vós para me enlevar com o que é nobre, digno e sublime, conforme a Vós, ó minha Mãe, que sois mais elevada do que os céus e mais sublime do que todos os coros de Anjos e Santos.

    Sempre que suceder sentir-me atraído para as coisas banais e triviais, mandai-me um raio de vossa luz que reacenda em mim o desejo das coisas elevadas e celestes.

    Ó Coração Sapiencial e Imaculado de Maria, fazei-me humilde, submisso, forte, nobre e  invencível, para que eu seja um perfeito escravo vosso, um enlevado e imbatível Apóstolo dos Últimos Tempos. Assim seja.

    Plinio Corrêa de Oliveira (Oração composta em 1967)